Seminario

Em cada ano do seminário será realizado um encontro intensivo e presencial, além de reuniões virtuais periódicas. Os encontros terão lugar no Equador, em setembro de 2023, e no Brasil, no segundo semestre de 2024. O seminário irá centrar-se na primeira modernidade, e, como preparação às atividades presenciais, as sessões virtuais ofertarão aos bolsistas acesso a um amplo conhecimento sobre a história e cultura da bacia amazônica. Serão incluídos debates, assim como palestras de pesquisadores internacionais especializados em diferentes aspectos da arte e cultural visual amazônica, artistas e artesãos contemporâneos.

O primeiro seminário, organizado pela Universidad San Francisco de Quito, incluirá viagens a Quito e a Cuenca.

O papel de Quito na exploração e colonização da Amazônia durante a primeira modernidade é fundamental. Nos séculos XVII e XVIII, missionários treinados em colégios jesuítas e franciscanos e em seminários de Quito conduziram trabalho apostólico na região. Esses missionários escreveram relatos detalhados sobre a cultura visual e material amazônica e produziram alguns dos primeiros mapeamentos europeus da região. Missionários também garantiram a circulação de artistas, tecnologias e objetos artísticos tanto regional quanto globalmente. Nos séculos XIX e XX, colecionadores de Quito interessaram-se por objetos arqueológicos e etnográficos que atualmente estão em exibição em museus locais. Em Quito, os bolsistas visitarão essas coleções nos Museu Jacinto Jijón y Caamaño e no Museu Casa del Alabado. Na Amazônia equatoriana, serão feitas visitas a Coca, ao Museo Arqueológico y Centro Cultural de Orellana, a ateliês locais e outros cenntros culturais. Em Cuenca, visitaremos as coleções etnográficas do Museu Pumapungo.

O segundo seminário, conectado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro, terá lugar em Belém do Pará no segundo semestre de 2024. Esta cidade tem um papel central na história amazônica da primeira modernidade por causa de sua posição estratégica na boca do rio Amazonas. Belém, de fato, foi a primeira colônia europeia estabelecida na região amazônica, e, até a segunda metade do século XVIII, foi a capital do Estado do Pará, o qual era independente, politicamente, da parte sul do atual Brasil. Atualmente, a cidade alberga importantes coleções artísticas, arqueológicas e etnográficas, assim como a Universidade Federal do Pará e a Universidade do Estado do Pará (ambas públicas). Durante esse seminário, os bolsistas terão a oportunidade de visitar as extraordinárias coleções do Museu Goeldi e edifícios históricos incluindo, entre outros, a igreja jesuíta de Santo Alexandre. As atividades acadêmicas desse segundo encontro serão desenvolvidas conjuntamente com programas de pós-graduação locais especializados em estudos amazônicos.

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